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17-01-2007 :: IFPI publica Relatório de Música Digital 2007

 

Æ       As estimativas indicam que os downloads de singles subiram 89%, chegando a 795 milhões e que as faixas disponíveis duplicaram, atingindo 4 milhões, disponibilizadas através de 500 serviços on-line em mais de 40 países no mundo.

Æ      A versão completa do Digital Music Report 2007 encontra-se no site da IFPI (www.ifpi.org) e no site da ABPD (www.abpd.org.br) para download.

 

Londres, 17 de Janeiro, 2007 – As gravadoras vêm se transformando gradualmente em verdadeiras companhias digitais, e as estimativas indicam que em 2006 obtiveram receitas de aproximadamente 2 bilhões de dólares com a música on-line ou através dos celulares, quase duplicando o valor do mercado no ano passado.

 

As vendas digitais representam agora 10% do mercado musical, na medida em que as companhias fonográficas testam e fazem inovações com uma série de modelos de negócio e produtos de música digital, envolvendo centenas de aliados licenciados.

 

Dentre as novidades em 2006, a quantidade de músicas disponíveis na Internet duplicou, chegando a 4 milhões de faixas, milhares de álbuns foram lançados em vários formatos e plataformas digitais, enquanto a música clássica experimentou um “dividendo digital” e os serviços financiados pela publicidade se transformaram em fonte de receita para as gravadoras.

 

Entretanto, apesar deste bom desempenho, a música digital ainda não atingiu um nível de representatividade financeira a ponto de compensar o declínio nas vendas físicas de CDs. Enquanto isso, a pirataria on-line e a desvalorização do conteúdo musical são ameaças reais para o emergente negócio de música digital.

 

As pesquisas sugerem que as ações legais impetradas contra os uploaders em grande escala nos serviços P2P – 10 mil deles foram denunciados publicamente em 18 países em 2006 – resultaram na redução da proporção dos usuários de Internet envolvidos freqüentemente na troca ilícita de arquivos nos mercados chaves da Europa. 

 

Mas a pirataria digital e a desvalorização do conteúdo musical continuam sendo uma ameaça real para o negócio emergente da música digital, e as ações contra os uploaders individuais constituem tão somente a segunda maneira de melhor lidar com o problema. A IFPI está intensificando a campanha junto aos IPS’s e está preparada para atuar nos tribunais caso necessário.

 

Estas conclusões aparecem publicadas hoje no relatório de Música Digital da IFPI de 2007, que apresenta um resumo completo dos desenvolvimentos no setor.

 

O relatório da IFPI demonstra como a indústria fonográfica está combinando a tecnologia digital com as suas habilidades tradicionais de descobrir e comercializar a música. Coloca também em destaque onde é que o setor musical precisa da ação dos governos e dos aliados da indústria, a fim de enfrentar a pirataria e impedir a violação de seus direitos de propriedade intelectual.

 

O mercado digital beneficia o consumidor de música

 

Os consumidores estão vendo que a tecnologia digital está ajudando a mudar seus hábitos de compra. Estão aproveitando as prateleiras ilimitadas que oferecem música nas lojas digitais, comprando gravações que já teriam sumido das prateleiras inclusive das maiores lojas físicas de discos.

 

Nos meses recentes também observamos como foram sendo diversificados os canais de distribuição de música digital. Os serviços de download à-la-carte, liderados pelo iTunes, continuam sendo o formato digital dominante, mas competem numa economia mista com os serviços para assinantes, os mastertones para celular e mais recentemente com os novos modelos e pacotes de licenciamento impulsionados pela publicidade, tais como os sites YouTube e MySpace.

 

A música para celular representou aproximadamente a metade da receita global em conceito de música digital em 2006, mas a divisão entre serviços para celular e on-line varia diametralmente de país a país.  No Japão perto de 90% das vendas de música digital resultam das compras para celular. O ano de 2007 poderá balizar o mercado de música para celulares, já que os fabricantes de aparelhos tais como Nokia e Sony Ericsson continuam desenvolvendo as suas séries de telefones musicais, enquanto a Apple já anunciou o lançamento do longamente antecipado iPhone.

 

Os reprodutores de música portáteis são um dos maiores impulsionadores do crescimento no setor digital. As novas cifras demonstram que a proporção de donos de reprodutores portáteis que alimentam seus aparelhos principalmente de downloads pagos é praticamente idêntica à proporção dos que baixam música de sites P2P não autorizados ou de sites de música grátis (14%). Porém, ainda preocupa os níveis relativamente baixos de música digital comprada e armazenada em players portáteis.

 

Existem várias novidades para a indústria no que tange à pirataria musical. Os analistas do Instituto Independente de Pesquisas Júpiter sugerem que a quantidade recorde de processos judiciais importantes contra os uploaders em grande escala, iniciados em 2006, surtiram um efeito desestimulador entre aqueles envolvidos na troca ilícita de arquivos. Ao mesmo tempo que a penetração de banda larga na Europa dobrou para 40% entre 2004 e 2006, a proporção de usuários regularmente utilizando serviços ilegais de compartilhamento de arquivos caiu de 18% pra 14%. Nos Estados Unidos, os processos foram o motivo mais citado pelos usuários de computador e que forçou a mudança dos serviços não autorizados P2P para os downloads legais.(NPD, Junho 2006)

 

O ano de 2006 testemunhou também importantes casos de sucesso contra os operadores ilegais; incluindo o Kazaa na Austrália, o Bearshare nos Estados Unidos, o ZoekMP3 na Holanda e o Kuro em Taiwan.

 

Porém a pirataria digital constitui ainda um problema maciço para a indústria musical e uma das razões principais pelas quais o crescente mercado digital legítimo não poderá compensar a queda do mercado físico em 2006.

 

Segundo John Kennedy, Presidente e CEO da IFPI: “A indústria fonográfica vem evoluindo atualmente para um pensamento digital, e para um sofisticado negócio digital. A receita dobrou em 2006, chegando a quase dois bilhões de dólares e em 2010 esperamos que pelo menos 25% de todas as vendas de música no mundo sejam digitais. Isto combina uma evolução e uma revolução no mercado, onde a curva do aprendizado muda de direção constantemente”.

 

“Os que mais ganham com o aumento da música digital são os consumidores. Eles verdadeiramente ganharam acesso a lojas de música abertas durante 24 horas por dia, com ilimitada capacidade nas suas prateleiras. Eles podem consumir música em novas maneiras e formatos – um download do iTunes, um vídeo do YouTube, um ringtone ou uma assinatura para acesso a um acervo quase ilimitado”.

 

“Porém, o Mercado continua sendo um desafio. Outras indústrias, tais como a cinematográfica e a jornalística, estão lutando contra os mesmos problemas que nós enfrentamos. Nós, como indústria, estamos defendendo os nossos direitos de maneira contundente na luta contra a pirataria, e isto vai continuar. Mas nós não devemos fazer este trabalho sozinhos. Com a cooperação dos IPS’s podemos infligir duros golpes à pirataria pela Internet no mundo. Infelizmente ainda é necessário pressão dos governos ou ação nos tribunais para conseguir isto, mas como indústria estamos determinados a seguir esta campanha até o fim.”

 

Para Paulo Rosa, Diretor Geral da Associação Brasileira dos Produtores de Discos – ABPD, “o relatório preparado pela IFPI demonstra como a indústria da música está priorizando o mercado digital dentro de suas operações em escala mundial. Obviamente, até pela maior penetração de acesso à Internet, banda larga, posse de equipamentos pela população, etc., este movimento é por enquanto, mais visível nos mercados estabelecidos nos Países mais desenvolvidos. Entretanto, mesmo em mercados emergentes como o Brasil, as receitas com música digital, aí incluídas aquelas advindas da comercialização via telefonia móvel e Internet, já começaram a partir dos últimos anos a crescer significativamente e a representar parcela importante no planejamento para 2006 e 2007, de cada companhia operando no Brasil. Apesar do mercado digital no País apresentar ainda uma certa hegemonia da telefonia móvel, é certo também que 2006 ficou marcado pelo surgimento de novos parceiros comerciais na Internet. Hoje são mais de vinte lojas virtuais devidamente licenciadas vendendo música “on-line” no Brasil. As companhias têm lançado seus produtos no mercado digital simultaneamente ao lançamento no mercado físico. O esforço para digitalização de cada catálogo continua, e cada vez mais repertório é encontrado com mais facilidade nas lojas “on-line” legalizadas. Estaremos divulgando em breve as estatísticas detalhadas do mercado digital brasileiro relativas a 2006, e esperamos que 2007 apresente crescimento exponencial na área digital, não obstante a continuidade dos problemas decorrentes da  competição com a oferta ilegal de música gratuita no Brasil, através principalmente das redes de compartilhamento de arquivos (P2P)”.

 

Para maiores informações favor contatar: Adrian Strain ou Alex Jacob em IFPI Communications no telefone Tel: +44 (0)20 7878 7935, email: press-office@ifpi.org

 

 

 


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